Hoje foi publicado mais uma portaria que vem alterar o Lay Off.
Ao ler esta portaria, que hoje o meu vice-presidente enviou-me logo pela manhã, estava com a expectativa de encontrar mais respostas às perguntas que muitos dos nossos colegas associados, com sentimentos de grande frustração, nos têm colocado.
É triste o que nos está a acontecer.
É triste tanto contágio, tanto cuidado intensivo, tanta morte.
É triste ter de recorrer a um estado social de repente para que possamos garantir a nossa sobrevivência.
É triste que todos tenhamos tido este sentimento de impotência perante um flagelo destes que nos obriga a uma mudança forte de hábitos e de regras que nos chegam por diferentes quase diariamente que nos digam o que fazer a seguir no dia a seguir e que pode ser diferente logo no outro dia;
mas mais triste ainda,
é estarmos a ler estas portarias e verificar, “fixe! já há uma solução para isto”, “boa, esta regra vai ajudar resolver aquela situação”, “ok, não é grande solução mas podemos adiar o problema”, “saiu algo sobre linhas de crédito vou falar com o meu banco”, “disseram que vão dar ordens para aligeirar e acelerar os pagamentos dos subsídios dos projetos co-financiados”
e com o tempo a passar constatar,
ok, lay off, talvez seja pago a 28 de abril, é o que dizem…
outro colega associado diz-nos “liguei para o banco para falar sobre a linha de crédito e ainda não sabem bem, aguardam informações superiores”, outro afirma “já sabem como fazer mas é necessário mais uns papeis” outro pergunta-nos se é possível recorrer às linhas de crédito mas estamos com problemas de tesouraria e com pequenos incumprimentos ou porque não tenho acesso às linhas de crédito porque estou em falta com o estado, sabemos que estar em dia com tudo e com todos deve ser o princípio de qualquer empresário mas também sabemos que não estar em dia faz, infelizmente, parte da vida do país tendo o estado como o primeiro exemplo do país e não cumpridor para com os seus fornecedores, não olhes para o que eu faço mas sim para o que mando, parece-nos mórbida esta postura de uns e os outros
Subsídios: dizia-nos, também, alguém, “é incrível como vêm afirmar que vão acelerar os pagamentos, já liguei para lá e ninguém atende nem à primeira nem à segunda, quando finalmente falei com a telefonista esta diz-nos pois é difícil contactar porque está toda a gente a trabalhar em tele-trabalho mas não se preocupe (é claro que tenho de me preocupar…)” outro exemplo que nos fizeram chegar foi “está a ser tratado, temos estado a pagar, tem de aguardar”
Lay off (para os gerentes das empresas com funcionários) é uma miragem, é perfeitamente inconcebível que os gerentes, contribuintes como qualquer um dos seus funcionários, continuam a ser excluídos não tendo acesso a qualquer apoio. Que dualidade de critério é este em que temos contribuintes iguais a serem tratados de forma diferente? Não somos todos portugueses? É triste